sábado, 30 de janeiro de 2010

Visão

Abre e vê redor:
Vê tudo, de um golo
Vê amarelo frenético de excitação
Vê azul celeste de consolo.
Vê cara, percebe coração
Vê necessidade, estende a mão
Vê um sábio
Vê um tolo.
Deixa globo janela tornar
Enche-te de terra e fogo
E de água e de ar.
E quando já de fora tiveres a transbordar
É a hora de fechar.
E vê-te, demorado
Vê-te cheio, inteiro
De mundo enamorado.
Vê-te ontem e agora e fado
Vê-te pegando na escuridão
Pega no pincel, não digas não
Vê-te de mil cores e branco
Vê-te e olha-te e sê franco
Viste e não tens saída
Eterna entrada
Comprida.
Porque vês
Mas não vês nada.

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