quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O beijo

Penso em magia, e assalta-me a mente o momento que mais dela é recheado, pelo menos um dos. O beijo. Mas o beijo verdadeiro, não aquele que se dá muito significando muito... pouco. O beijo que corta a respiração. O beijo voraz entre lábios carnudos, apaixonados. O beijo que se dá antes de se dar, ainda quando os olhares se encontram ou se pensa apenas em se dar. O beijo que substitui mil palavras que em vão são tentadas. O beijo que se torna intemporal, como se, muito depois dos dois corpos se largarem, continuasse naquele lugar e tempo e ignorasse qualquer lei cronológica, ganhando vida própria e tornando-se imortal. Este beijo não tem preço, se tivesse não seria este beijo. Este beijo não se dá, nem se recebe. Este beijo existe, vive, respira, anda e voa. Não é descritível por palavras... vou parar de tentar.

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