sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sai

Este é um poema
Para quem me quer ler
Sem letras ver.
Ver-me como em tela
De cinema. Ser-me,
Sem me ser.

Sai do ninho e voa
Sem asas.
Grita na rua,
Sê-te por onde passas!
Cada pedra, faz dela
Tua.

Vê-me nos versos sem medida
Da árvore aberta
Ou flor escondida.
Talvez na estrada comprida
De fado nuvem e origem
Incerta.

Sente amor
Nem ames ninguém
Olha aqui vendo além.
Bate o coração, fulgor
Apaixona-te pela paixão
Da chama que te rodeia
Queima-te, gosta
Dá volta e meia.

Sê-me sendo-te,
não me leias.
Vê as minhas letras
Por linhas meias.
Sai de ti e sai para fora
Não interessa que de noite
Seja hora.
Procura a felicidade
Na cidade
Onde mora.

Vagueia, sê poeta.
Sê jovem e foge
Da Grande Meta
Da que agora há.
Dança na chuva
Sente cada pedaço de ti
Cada curva.
Conhece-te lendo-me
Sem me leres, conhecendo-me.
Eu,
Já me conheci.

3 comentários:

  1. A Parte II já lá está xb
    Muito obrigada :)

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  2. nao tens que agradecer (:
    gosto da forma que escreves (:
    Obrigada $:

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Comentários