domingo, 24 de outubro de 2010

Pote de ouro

O dia era de miúda chuva e Sol raiante
Sabe lá Deus se há-de rir ou chorar.
Se desenhou então no céu, brilhante
Arco-íris de sete cores, fascinante
De perder em vista onde ia acabar.

Da janela pouco me senti satisfeito
Saí, lembrado de histórias de princesas.
Pois li, não sei se em livro se no peito
Que quem de arco-íris acha fim, tem direito
A um pote de ouros e jóias e riquezas!

Errante andei meses e semanas e dias
Já não os podia contar, por não ter dedos.
Passei por vales, rios, mares de magias!
Animais como David, montanhas que nem Golias
Enfrentei dragões, bruxas, espelhos, medos.

Por fim, já após o horizonte conhecido
Encontrei o termo ao arco já amigo.
Procurei por arca ou pote, estaria escondido?
Achei-o enfim, não ali, que nunca fora perdido,
Pois ao longo da viagem... já vinha comigo.

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