domingo, 3 de outubro de 2010
Atmosferas
As minhas recentes odes à chuva foram ouvidas pelos deuses. Agora podemos ir à janela e respirar um ar limpo, sentir uma frescura na cara que nos inspira a escrever sobre tudo mas eu, como sou generoso e grato, prefiro escrever sobre ela mesma. Já tinha saudades desta atmosfera, de ver actividade natural, ver as danças das gotinhas de água; dou por mim a dar-lhes histórias e percursos de vida, afinal o ciclo da água pode já ter levado estas gotinhas até ao outro lado do mundo! E eu, fechado, faço essas mesmas viagens. Basta inspirar bem fundo e manter o ar cá dentro, de olhos fechados. Viaja-se tanto parado, porquê correr e não ir a lado nenhum?
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