quarta-feira, 27 de outubro de 2010
A meio caminho
Acordei deitado na pedra da calçada, nu, frio, sozinho. Conforto e quente e cama pareciam conceitos de outra vida, contudo, mesmo que não vivo, também não estava morto. Estava a meio caminho. Nem terra nem céu.. Olhei para cima, para o pano de estrelas. E gritei, não com voz, que não a tinha, mas com a alma, que essa nunca ma tirarão. Quem és tu? Vamos pega-me, sou teu filho. Se não existes ficarei aqui para sempre. Mas eu sei que existes. Disseram-me que para te ver tinha que vir ter contigo. Aqui estou. Talvez esteja no lado errado da rua, mas aqui estou. Sabes, sempre pensei que mais tarde ou mais cedo chegaria a casa, deitava-me e ficava à espera que acontecesse, e nem quando sonhava cheguei. Agora sei que tinha que ir ter contigo a meio caminho. Estou- te agradecido pelo que tive lá atrás, mas agora quero algo para sempre e ficarei bem. Por favor, se me ouves, dá-me colo...
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