domingo, 10 de outubro de 2010

Ode aos anónimos

História cheia está
De heróis muito cantados
Feitos grandes, fadados
Ditos, "Iguais não há!".
Esses de versos já fartam
Já estão imortalizados.
Quero falar de quem vós calais
Grandes, comuns mortais
Que permanecem calados!
Todos os que de trovador
Ou de cronista, cantador
Foram orfãos em tempo de glória
Ouçam dos vermes este poema
Pois é de poetas grande lema
Que quem foi, deve ser memória!
Tu que vidas salvaste
Ou tu, que coração aqueceste
Saboreando enquanto sabor agreste
E amor, nunca provaste.
E vós, milhões mortos de ódio
Perdidos em paredes de rocha
Ilumino-vos eu, com minha tocha.
Saiam, subam ao pódio!
Larguem as sepulturas de terra!
Que hão-de ser ouvidos no alto Céu
Hão-de ser vistos da alta serra
Projectados deste cantar meu.

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