sábado, 6 de novembro de 2010

União sem facto

Jovem sou e boa rapariga
Quer senhor meu pai casar-me
Mas não me parece que consiga
Pois nenhum homem me instiga
Não é fácil, mão no peito, agradar-me.

Pois procuro mais do que é olhado
Aquilo que só vê mesmo o coração
E não se cheira tal aroma em vão lado
P'ra que se encontre não é procurado
Encontra-se, ponto, p'ra quê explicação?

Deu-me um trovador belo pretendente
Que nem masculina é sua morada
Falou-me de calor de modo quente
Com a poesia namorou-me, eloquente
E não fiquei nada mal casada.

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