Não há vergonha em ser-se louco
Rubras faces por rubro o peito
A virtude está em ser defeito
Não é capricho, mas ser-se são...
É ser-se tão...
Pouco.
Quem nunca amou que a fome deixara?
Quem, pergunto, foi sempre racional?
Até o ódio pode não fazer mal
Se manter vivo e insano a bater
Como o sangue sempre a correr
De uma ferida que nunca sara.
Ah, nos filmes de branco e preto
É o cinzento, rebelde, a diferença
É minha forte a crença
Que se fora o mundo de justiça entupido
Bom era ser-se bandido
E assaltar o que é parado, certo.
Há-de ser a morte a curva da direita estrada
O fogo no imenso gelo duro
Derreterá água como cairá o muro
E depois, a vida eterna que já teve início.
Há quem pense que seja precipício
Voarei eu na minha diferença alada.
ser-se são é realmente muito pouco :) gostei bastante continua sempre
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