Nos tempos da mágica alquimia
Um sábio cientista, dito lunático
Usou-se da sua louca sabedoria
P'ra criar um espelho muito prático.
Não reflectia coisas nem pessoas
Dava só contrários sentimentos
Transformava em más as coisas boas
Mostrava risos a quem lhe desse lamentos.
Usou-o o nosso amigo cientista
Num poema que ele mesmo escreveu
Saiu uma obra nunca antes vista
Eis então o que aconteceu:
Olho à volta e vejo ódio venerado Olho à volta e vejo o amor reinante
Choro, desespero, morte, tristeza Riso, esperança, vida, alegria!
Choro também eu, envenenado Rio também eu, que é cativante
Não me sinto seguro, é tudo incerteza. Seguro estou de que é real a fantasia.
O mundo desaba sem futuro O mundo gira e cores liberta
Onde anda o amor, perdido? O amor é Deus, omnipresente
Corro e logo bato num muro Cada canto é enorme porta aberta
Frio, cinzento, infinitamente comprido. Para o mar imenso, resplandecente.
Deito-me nu entregue ao gelo Grito e elevo os braços ao céu
Onde andas, calor paixão? Aquecido pela no peito emoção
Ninguém ouve o meu apelo Todos ouvem e cantam o canto meu
O tecto é escuro, é escuro o chão. Não há paredes, fronteiras, só coração.
o que precisava agora mano.
ResponderEliminardaniel
Antíteses, muitas antíteses, como gosto delas! :)
ResponderEliminar5.
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