O mar estava calmo, sereno
E embalava como a mãe ao filho
Ao longe, mal se via terreno
Só mesmo o do farol brilho.
E eu vidrado olhava
O azul que não me enchia
Porque, enquanto balouçava
Era só frenesim que queria.
E dentro de mim nasce um furor
Uma raiva boa incontrolada
É poesia, paixão, amor
No mar sereno, trovoada.
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