quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hibernu

Mais facilmente apreciamos aquilo que não temos e isso é visível em muitas situações. No Verão, quando está calor, não precisamos de nos preocupar com o incómodo frio, damos a temperatura amena como garantida e ah!, vamos à praia. Mas a mim, o que dá gozo, é o Inverno. Não, não gosto de frio! E detesto ter os pés molhados e usar quilos de roupa. Mas nada supera a satisfação do adormecer tapadinho na cama com o som da chuva a fustigar a janela, ou estar sentado no sofá de pantufas bem felpudas a ler um bom livro enquanto a lareira crepita, dançarina. Mas mesmo lá fora reinam momentos de pura magia. Se um passeio ao Sol é agradável, andar à chuva sem destino é tão mais poético. Venham narizes a pingar, venham tosses, venha o que vier. Andar à chuva é dar a nós mesmos uma liberdade total, deixar as gotas inundarem-nos a cara e a roupa colar-se à nossa pele. E até podemos chorar de alegria, que ninguém nota.

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