Discussão acesa tinha lugar
Em assembleia própria para o efeito
Qual seria a cor, perguntavam-se
Que daria cara ao que nasce no peito.
Altivo e senhor de si
Homem sabido só comparado a seu espelho
Defendia, de estudo de livros
Que a cor era, e assim devia ser
A encarnada, vulgo vermelho.
Discordava sua condessa
Requintada como o seu de chá bule
Pois na moda nova reinava agora
Não o vermelho, mas o azul.
Qual azul ou encarnado
Logo se levantou o jovem belo
Há que dar vida e rebeldia
Pois que seja o amarelo!
Não não e não
Disse logo de atenção cheia de sede
Menina princesa do reino de seu nariz
Entendia que o amor havia de ser verde.
E na sala ninguém se entendia
Discutia-se o que ali não existia
E a um quanto, alheia
Estava uma pequena, não sereia
Mas criança que lacinhos vestia.
Ah, que se junte tudo
Pois amor é isso mesmo;
Seja ardente, carinhoso, franco
Junte-se encarnado ou verde ou azul
Tudo abraçado... dá branco.
E, para lá das paredes, o Sol do dia brilhou.
Fantástico !
ResponderEliminarAs crianças não mentem. E tu também tens a cor que resulta da mistura de todas as cores, como tu mesmos disses,de tão puro que és. Então,branco seja meu filho.
ResponderEliminarMãe
Não podia gostar mais. :)
ResponderEliminarBranco poderá não ser a tua côr preferida, mas escreves como se o fosse.
Conseguiste fazer-me gostar ainda mais de branco! :D
Ps. Acho que a tua mãe também gosta muito de branco, e de ti claro :)
Está fantástico!
ResponderEliminarConcílio dos Deuses. É o que "isto" me faz lembrar.
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