sábado, 11 de setembro de 2010

Lux dies

Discussão acesa tinha lugar
Em assembleia própria para o efeito
Qual seria a cor, perguntavam-se
Que daria cara ao que nasce no peito.

Altivo e senhor de si
Homem sabido só comparado a seu espelho
Defendia, de estudo de livros
Que a cor era, e assim devia ser
A encarnada, vulgo vermelho.

Discordava sua condessa
Requintada como o seu de chá bule
Pois na moda nova reinava agora
Não o vermelho, mas o azul.

Qual azul ou encarnado
Logo se levantou o jovem belo
Há que dar vida e rebeldia
Pois que seja o amarelo!

Não não e não
Disse logo de atenção cheia de sede
Menina princesa do reino de seu nariz
Entendia que o amor havia de ser verde.

E na sala ninguém se entendia
Discutia-se o que ali não existia
E a um quanto, alheia
Estava uma pequena, não sereia
Mas criança que lacinhos vestia.

Ah, que se junte tudo
Pois amor é isso mesmo;
Seja ardente, carinhoso, franco
Junte-se encarnado ou verde ou azul
Tudo abraçado... dá branco.

E, para lá das paredes, o Sol do dia brilhou.

5 comentários:

  1. Anónimo11.9.10

    As crianças não mentem. E tu também tens a cor que resulta da mistura de todas as cores, como tu mesmos disses,de tão puro que és. Então,branco seja meu filho.

    Mãe

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  2. Anónimo12.9.10

    Não podia gostar mais. :)
    Branco poderá não ser a tua côr preferida, mas escreves como se o fosse.
    Conseguiste fazer-me gostar ainda mais de branco! :D


    Ps. Acho que a tua mãe também gosta muito de branco, e de ti claro :)

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  3. Concílio dos Deuses. É o que "isto" me faz lembrar.

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Comentários