quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Curva rectílinia

A vida é muito metaforizada. É-o aliás tanto que me escusarei a fazer aqui semelhante exercício, em vez disso, pego numa das mais conhecidas comparações: a com um caminho. E utilizo-a para fazer referência a fases particularmente interessantes deste caminho, que são as barreiras invisíveis e incorpóreas que ultrapassamos. Não me refiro aos obstáculos, mas sim a determinados feitos que, não representando nada fisicamente, perfiguram uma passagem, uma conquista. Quando entramos para a escola, por exemplo, ou somos baptizados; existem claro sinais para cada uma dessas conquistas, mas não passam disso mesmo, sinais. Por exemplo, num casamento, não são um par de alianças ou juras testemunhadas de amor eterno que o efectivam, mas sim tudo aquilo que o antecede e justifica e tudo o que sucede. Falo disto não por uma das minhas súbitas pancadas meio para o filosóficas; na verdade, eu mesmo, ontem dia 9 de Fevereiro, ultrapassei uma destas barreiras psicológicas, chamemos-lhes. Os sinais desta? Bolo, velas, música, prendas.

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