terça-feira, 31 de agosto de 2010
Pintas
Vi-te no jardim e sem te conhecer soube uma vida a dois que nunca vivemos mas me passou nos olhos como num filme. Chamam-lhe amor à primeira vista, e que morra agora se eu não acredito nele, mas não foram os olhos os espelhos da tua alma. Foram as pintas abaixo deles. Sardas é o nome delas, mas se em momentos de carinho tas quiser tratar por diminutivo, ficariam sardinhas, e isso fica mal. Pintas, pintinhas. As pintinhas nas tuas faces eram o tipo de diferença que distingue pessoas de pessoas, que te distinguia das muitas raparigas que já fitei ao longo da minha vida. Eram pintinhas da cor do chocolate, doces, tão doces, que quase chorei por saber que nunca as provaria. Porque a vida é assim; os olhos param e a mente sonha, mas o caminho queima e os pés não se imobilizam. Um dia hão-de fazer um golpe de estado a esse ditador chamado tempo, eu hei-de voltar ao jardim e contar-te as pintas da cara, e dizer-te a tua cara é um céu e elas foram as estrelas que um dia que embalaram à noite.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
muito bom mesmo, adorei :D pintinhas
ResponderEliminarPosso dizer que o texto está lindo??Aliás, como todos =D
ResponderEliminarO nosso pintas, malhadinho, avacalhadinho... como era mais?? Bem, agora nao interessa! O que realmente importa é que tens mesmo muitooo jeito para esta coisa que é a escrita :)
opa, ja comentei mas nao resisto. adoro mesmo pintinhas. sardenta :)
ResponderEliminar