domingo, 29 de agosto de 2010

Manifesto Anti-Ciência

Tenho pena, a sério que sim, das pessoas que só aproveitam da vida aquilo que ela tem para dar. Não, não me enganei. Tenho pena das pessoas que se limitam ao real, ao científico. É a mesma coisa que nos darem ovos e farinha e açucar e aproveitarmos cada uma destas coisas individualmente, de uma forma directa, objectiva, fria. Porque não fazer um bolo? Porque não inventar, recriar? Vivemos mais assim, porque a uma curta e cinzenta realidade acrescentamos-lhe a fantasia, colorida, quente. Quem é que me pode dizer que os desejos das pestanas caídas não se podem realizar, ou que não pode existir algo depois da morte, ou que realmente houve um dia em que os animais falaram? Não é uma questão de serem reais ou não, é por isso que a poesia é diferente da ciência. É uma questão de crença. Eu acredito, torno-o real, mesmo que não o seja. São pequeninas coisas que mal não fazem e decoram este mundo que de mau já tem que chegue. A história cristã diz-nos que foi o conhecimento, a ciência, que nos tirou do Paraíso. Ah, como eu entendo porquê. Não pensem que gostaria de ser ignorante, não; gostava apenas de ser uma inconsciente criança que desconhece o mal e sorri por coisas extraordinárias como doces e colos de Mãe.

1 comentário:

  1. Anónimo30.8.10

    Expressas-te melhor através da tua escrita, sem dúvida... ja sabes o qto me custa dar-te razão acerca destas matérias, mas depois de ler o texto, sim dou-te razão... A poesia e poesia como a tua faz falta no mundo...
    Maaas continuo a dizer q os desejos das pestanas caídas não se realizam!

    A menina da ciência *

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Comentários