segunda-feira, 12 de abril de 2010
À janela
Estou neste momento à janela e a paisagem urbana oferece-me aos olhos uma estrelinhas muito bonitas, ainda que artificiais. (Deus, hajam aqui algumas, porque realmente este céu citadino é deprimente, já viram bem? É castanho e morto, e hoje nem luar...). Mais do que isso, vejo as janelas dos prédios que me circudam. Sei que o pensamento não é original, mas não consigo deixar de imaginar as vidas que nelas há. São mesmo muitas pessoas, tantas que o valor da vida humano parece aqui insignificante. Aquelas pessoas das quais só vejo silhuetas amam, sorriem, choram, sofrem, muitas delas podiam ser grandes amigas minhas, sei lá, podiam ser tão mais que silhuetas. A verdade é que nunca me irei cruzar com elas e para mim nunca vão ser importantes. Não consigo deixar de ficar triste por isso, gostava de conhecê-las todas, pelo menos ter uma oportunidade. A sério. E estou aqui eu, importado com elas, e para elas tenho precisamente a mesma importância, e afinal estou a escrever sobre elas. Vejo agora umas das tais luzinhas artificiais que se desloca no ar, um avião. Talvez seja isso mesmo, talvez as pessoas que devemos conhecer e que marcam realmente a nossa vida não morem aqui ao lado. Mas também não quero acreditar que tenha de as procurar. Nem quero que elas me encontrem. O Senhor Destinho que trate disso.
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Sim senhor... gostei!
ResponderEliminarÀs vezes penso que as coisas quando têm de acontecer, acontecem. Não as devemos forçar.
Bjs