sábado, 6 de março de 2010

Os pequeninos

Ainda me lembro do tempo em que o mundo era o que me rodeava, os desenhos animados eram sonhos que banhavam abertos olhos e nada, nada me podia magoar. Não foi há assim tanto tempo. Mas desde então parecem ter corrido vidas. Agora sinto-me como mais um combatente contra as balas desta coisa ridícula que é ser crescido, quando tudo o que me apetece é berço papas e colo. É a poesia que agora busco. As crianças são poetas em estado puro, o coração delas não conhece ou tecto ou chão ou muro.

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