quinta-feira, 11 de março de 2010

Linhas

Sou das pessoas que acredita em coincidências. E acho-as fantásticas e extremamente divertidas. Um pequeno jogo que a vida nos dá, do qual somos jogadores sem o controlar. Nunca vos aconteceu encontrar alguém conhecido longe dos lugares que seriam mais prováveis? Pensem nesses momentos. No meio de milhares de lugares e momentos, uma série de circunstâncias permite que duas pessoas conhecidas se encontrem entre centenas de outras. Não há determinismo possível, nenhuma explicação seca que se possa dar. Mas mais extraordinárias serão as vezes em que por igual soma de acontecimentos conhecemos alguém que se pode tornar especial. Um bom amigo, o amor da nossa vida, por exemplo. Por vezes vou na rua e penso nisto. Mesmo nos caminhos que piso diariamente, uma opção diferente, uma pequena alteração, e posso estar a evitar ou precisamente ir de encontro a tal pessoa. E penso em todas as pessoas que por isso não conheci, os sítios que não visitei, aquilo que não fiz. Porque como bem reza a teoria do efeito borboleta, um pequeno acontecimento desencadeia uma exclusiva série de outros. Basicamente, acho que dentro da nossa vida há muitas vidas que não vivemos. Por não há comandos e o tempo é um fogo que nunca pára de deflagrar.

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