Não sejas ignorante.
Porque é que vives sem saber?
Se nada sabes é porque nada queres
Bebe tudo quanto puderes
Afogar só quando morrer.
Almeja mais do o que vês
O mundo vai além do que é normal
Acelera, não traves, faz a curva
E se tiveres a visão turva
Pede uns óculos pró Natal.
Mentem-te com cada dente
Quando maravilhas numeram sete
Num globo azul vibrante
A beleza é um disco gigante
E só conheces uma disquete...
E se te tentarem vestir
Um colete à prova de vida
Vive, foge, mata a cobra
Tens em ti força de sobra
Não a deixes num canto esquecida.
Não és só uma gaveta de um móvel
Nem um tijolo de um casarão
És um todo, nasce, à carga!
Lembra-te que a batata só é amarga
Porque floresce debaixo do chão.
Deixem-se as cadeiras e os quentes
Cimento só é triste sina
O frasco do viver é apertado
Mas se vês o caso mal-parado
Porque não inventas vaselina?
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