Por cima do mar
Um manto macio, a ser horizonte
Com o sopro vida dava
Um toque e o toque gatinhava
A planície fazia-se monte.
E fez o azul
E o sol
E a rosa
Fez poesia
Escreveu em prosa
E música que sem instrumentos
Se ouvia.
No silêncio.
As folhas falavam
Mudas, conforme o plano
Como foi que da harmonia
Se fez o globo insano...?
Do pó, do nada
Nasceu o espelho do Criador
Que pensa e ama e sente
Mas, ah, obra-prima doente
Também Cria, Dor.
Do mais alto pilar
Faz-se a sombra
A falha no absoluto amor
Mas atenção, não existe o frio
Apenas a ausência do calor.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentários