terça-feira, 8 de março de 2011

Nos meus muros não há portas

Nos meus muros não há portas
Só bolas cristalinas feitas de vento
Que vão e vêm, coisas mortas
Fracos, fortes, e o não lamento.

A minha árvore não tem raízes
E já não sei se frutos lá por cima
As seivas minhas são meretrizes
Chama sem gás, só, esgrima.

Quem foi que me disse sorriso,
Se de sentir tal gesto carece
Folhas secas para trás piso
E vá-se o Sol, não me arrefece.

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