domingo, 14 de junho de 2015

O mar

O mar olha para ti e chama-te pelo nome,
Ele o sabe e sabe quando precisas de o amar
E quanto. 
Canta as baladas tanto ensaiadas no mar
De amores dos corações dos poetas
Como as marés que de paragens secretas
Vêm sempre e sempre certas.

Protege-te sem te tocar, 
Dá-te a mão e colos doces
Quando só parece ter sal para dar.
Apaixona-te e tu ficas
Embalado, não queres ir
Porque se fosses 
Far-te-ia falta o mar.

E ele diz-te que tu a ele
Que de nada serve tanta água
Se não ferve por uma mágoa
Ou celebra qualquer beijo.

São um, 
Sentes o sangue ondas na praia.
És a corrente, 
Maior que a gente
Que assim não caia 
No voo
De se fazer ovo
No ninho azul.

E nascer de novo.

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