terça-feira, 17 de maio de 2011
Óasis
A areia queimava-me os pés, aquecida pelo Sol que outrora fazia parte de um sonho e não do pesadelo. Água era um pretérito-imperfeito, doutra maneira poderia ser futuro. E eu já não acreditava no futuro, pelo menos não em um diferente do hoje e igual ao de ontem. A dor nem sequer era sentida, aliás a dor era o não sentir. Água, água, água, onde andas? Tive-te na mão, de ti bebi, eras espelho sem sequer reflectires a minha cara. Podia para e só morrer, mas a esperança é a última a morrer e se eu parasse ela morreria antes de mim. Ah, a esperança não me movia, eu é que a mantinha viva, como aquelas pessoas que não apagam os fósforos tão só e apenas porque ainda há madeiro para queimar. E esta nem me queimava os dedos... À frente, água e plantas e flores e, enfim, vida. Parei. Se for uma miragem, poderei parar de vez, mais vale andar sem destino do que parar para conhecer o último (valerá?). Se não for mesmo água... Oh, esqueçam, já não posso voltar atrás.
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