sexta-feira, 13 de abril de 2012
Porque hoje foi dia
Levantei voo e o céu abriu-se, tal qual os livros que eu lia quando não tinha idade para ser preguiçoso dos olhos. Uma música de amor silenciosa começou a tocar no ar, vinda de dentro. Partes de mim que não as pernas iniciaram a maratona a passo de corrida de 100 metros. Barreiras, porque a cada batida logo outra era falhada, porque as coisas certinhas foram feitas pelo Homem mas não são do Homem, pelo menos não de um que tenha pegado numa rosa pouco se importando com os espinhos, afinal, o sangue corre e aquece. Os olhos brilhavam para dentro, olhavam a alma, as almas, bem, a alma, que duas fazem uma. Uma só. O tempo, esse que nunca pára, foi obrigado a baixar os braços e a render-se a uma evidência: o segundos valem para quem os conta, e quando se voa, só se deseja que seja para sempre, e o segredo para se viver para sempre é contar a vida por respirações, peles de galinha e vontades alegres de chorar. De sair, de ter frio, de correr, de apanhar chuva, até aquele ponto de ter um nó de felicidade na garganta que logo se transforma em sorriso de estúpido, de parvo, de idiota. Se existem mais pessoas, são formigas num sopé de montanha que começa a subir quando se começa a descer à idade da inocência, da ingenuidade, da pequenez tão grande. Confuso? É tudo uma coisa apenas, tudo isto é um beijo.
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