domingo, 27 de novembro de 2011

A cabana

Descobri uma cabana.
Eu já a conhecia
Já tinha os meus olhos passado
Mas madeira não era o que eu via
Nem isolada numa bolha de magia
Sol, mesmo que chuva de cada lado.

No meio de mil a cabana os calava
E nem a areia se atrevia a passar
O estreito.
Calor no peito
E dois num a dançar.

Dois num.
Há tantos que não são nenhum
E um que se desdobra em multidão.
Mas um coração
De dois nascido
É mais que material comprido
É poesia
É paixão.

Dois num.
Numa direcção.
Ainda com cê pois já curta é a palavra
Sem corte
E se o português é forte
Nem ele nem outra há que diga
O que é isto que nos liga
Onde encontrei esta sorte.
Não foi feitiço
Porque bruxas são mais reais
É mais, mais, mais
E quando acabar
Ó tempo, já foste
Vai ser tarde demais.

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