sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Insónia

A noite acordou-me quando é tarefa dela embalar-me. Abri os olhos, ofuscado pela dura realidade escura, antes de os ter aberto tudo era tão belo e simples... Ainda confuso pelas realidades tão próximas e tão distantes, encontrei uma carta debaixo da almofada. Lembrei-me de que era um documento sem importância que deixara na mesa de cabeceira, e tornei a deitar a cabeça. Não, não podia ser teu. Mas a razão presente foi vencida pela emoção que sempre quer estar, e abri o papel. Era o tal documento, e eu até teria encolhido os ombros, se não tivesse logo deitado a cabeça e tentado voltar ao sonho. Voltei a adormecer, mas a noite foi escura, tanto cá fora como lá dentro.

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