segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ostra

As ostras e os astros, 
De inícios e fins contrários,
Encontram semelhança no entretanto 
De assim serem.
Enfeitam e prendam os azuis que escurecerem
Dando à ausência brilhos de tons primários.

Assim, por querer todos os astros dos céus,
Quero uma ostra.
Guardar as areias do meu fundo
No profundo mar,
Sereias e castelos com as mãos fecundo dos grãos seus.

A linha deste colar que coso
Não traz pérolas nem espera.
E se ouso navegar
É devagar.
Vela sem cera,
Chama de vento, sincera
Chama-me e leva-me
A arder.




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