sábado, 28 de março de 2015
Embalo
Leva-me o mar ao seu sabor, a maré não me ama nem me sabe mas sabe levar-me oh, e quero ir. Leva-me e eu vou, ondas fortes protectoras e assassinas, mas tão fortes, tão fortes que me deixam somente a escolha de escolher não querer saber, só querer aquela água que não sacia mas promete. Vem, vamos, sussurra-me horizontes e beija-me de luz, o dedo que se estende lá do alto. Do céu fazes-te, vestes-te de azul e espuma e pedes-me a mão dando-me asas. O mar assim me leva, baptiza-me Cícero e eu afogo-me no frio, vivo e quente, colo materno, terno, eterno.
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