terça-feira, 24 de março de 2015
Acordar
Naquele momento em que o sono e o real se confundem, em que sonhos enganam o despertar ou seduzem a mente frágil que repousa na almofada, senti-te. Sorri, de novo, num momento sem segundos em que mais que a cama me davas o conforto de ti. Aninhei-me e procurei-te com as minhas mãos quentes, sedentas de aquecer as tuas frias, mas nada achei. A tua presença tão ausente despertou-me como gelo, e as minhas mãos já nada aquecem senão a caneta com que te traço em mim. Onde? De onde vem esta promessa de ti que me mente e de mim faz troça? Da minha camisola veio um aroma, que ainda é teu. Ali estavas. Mas a lã não me beija como as linhas doces dos teus lábios.
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