sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Imagina que te preocupas com ditadores enquanto conduzes

Imagina que te preocupas com ditadores enquanto conduzes


A rubra luz inibia-me a vontade
A linha sem fim ordenava-me posição
Com poucas letras muito sim,
Muito não
Aqui um início, ali um fim
Ordem! na confusão.

Nada do que faço é meu.
Se erro a curva que almejo
Espero emenda indicada, 
Lá a vejo,
Mas a liberdade é uma fada,
Que enfeitiça com um beijo.

Ditadores.
Por todo o lado! 
Estou a ser observado!
Pau mandado, 
E bem! 
Como se fora mais deles 
Que do ventre de minha mãe!
Ditadores! Ditam dores que não doem, 
Só fazem temer a dor
Conduzem-me 
Chamando-me condutor.
Estou é no lugar no morto! 
Pelo que pago vendido pelo conforto
Que me quer dormente, 
Em transe, 
Absorto. 

E enquanto o fogo me arde as entranhas, 
Imagino-me guerreiro
O soldado primeiro
De grandes lutas, grandes façanhas. 
Revoltas!
Mas vejo pneus a darem voltas
E acordo, estremecido.
Era o real esquecido, 
Desculpe senhor no retrovisor!
É tempo de seguir, 
No que é que eu estava a pensar? 
Não sei, Conduz! 
Lá acelero, há que cumprir o mandar
Ficou verde a tal luz. 








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