Imagina que te preocupas com ditadores enquanto conduzes
A rubra luz inibia-me a vontade
A linha sem fim ordenava-me posição
Com poucas letras muito sim,
Muito não
Aqui um início, ali um fim
Ordem! na confusão.
Nada do que faço é meu.
Se erro a curva que almejo
Espero emenda indicada,
Lá a vejo,
Mas a liberdade é uma fada,
Que enfeitiça com um beijo.
Ditadores.
Por todo o lado!
Estou a ser observado!
Pau mandado,
E bem!
Como se fora mais deles
Que do ventre de minha mãe!
Ditadores! Ditam dores que não doem,
Só fazem temer a dor
Conduzem-me
Chamando-me condutor.
Estou é no lugar no morto!
Pelo que pago vendido pelo conforto
Que me quer dormente,
Em transe,
Absorto.
E enquanto o fogo me arde as entranhas,
Imagino-me guerreiro
O soldado primeiro
De grandes lutas, grandes façanhas.
Revoltas!
Mas vejo pneus a darem voltas
E acordo, estremecido.
Era o real esquecido,
Desculpe senhor no retrovisor!
É tempo de seguir,
No que é que eu estava a pensar?
Não sei, Conduz!
Lá acelero, há que cumprir o mandar
Ficou verde a tal luz.
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