domingo, 6 de outubro de 2013
O meu cão
O meu cão não faz muitos truques. O meu cão não responde a qualquer das indicações que aquele senhor que é encantador dá no seu programa. E lá aprendeu a sentar-se mas nunca sem se deixar invadir por uma alegria própria de quem sabe que vem aí recompensa. Uma alegria frenética, porque o meu cão é frenético. Se não receber festas e coçadelas durante um determinado período de tempo agarra em tudo o que for calçado ou almofadas até receber a atenção devida. Os passeios na rua são esgotantes, porque o meu cão acha que deve abordar todos os outros a ladrar e a correr, parecendo agressivo sem de todo o ser. Até porque ele convive diariamente com dois gatos, um deles anão (anã, é a Nala, que tem meses) e é o único que eventualmente aparece arranhado. Na verdade, acho que o meu cão só tenta mesmo fazer mal a moscas, mas nunca foi bem sucedido. Sempre que chego a casa, sinto que cheguei de uma longa viagem - e para ele um dia sê-lo-á decerto - tal é a alegria com que me recebe. Para onde eu for ele vai, se não vier, basta que o chame. O meu cão não sabe muitos truques, mas conhece o maior deles todos. (Os cães devem ter sido criados depois dos homens.)
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