I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete
Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?
Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
And if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?
[break]
Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
So if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
So why don't we go
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Vazio
Mas de todos os grandes problemas da vida, a grande facada no meu peito é encher uma tigela de cereais e depois descobrir que não tenho leite.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Medicação
O meu irmão pequenino está a gritar outra vez. Sabes, eu antes ia para o pé dele e tentava acalmá-lo, mas já desisti. Um dia bateu-me e tudo, mas nem foi na cara que isso mais magoou. Dói agora mesmo, que ouço os berros desesperados... já fechei a porta e pus fones nos ouvidos, mas os gritos permanecem na minha cabeça, talvez por eu sempre procurar se já cessaram. Desde que ele nasceu que ouvi os meus pais comentarem que ele tinha problemas, mas nunca percebi bem. Até certa altura, tudo parecia normal... depois, tudo começou. Sem razão aparente, tinha acessos de raiva; outras vezes, só dizia coisas sem sentido.Uma noite veio ter à minha cama, sem fazer barulho. Acordei de repente por causa da respiração dele na minha cara, tinha os olhos imensamente abertos. Assustei-me tanto! E começou a sussurrar há pessoas no meu quarto, há pessoas no meu quarto! E a voz foi aumentanto, vi bichos no tecto, cobras de baixo da cama! Daí a nada eram já berros, O ARMÁRIO ESTÁ A ARDER, E QUEIMA CÁ POR DENTRO! Entretanto os meus pais chegaram e levaram-no, enquanto o foram acalmando. Isto foi quando ele tinha cinco anos, tem agora oito. Sempre foi muito espero ele, principalmente na maneira de falar. Parecia muito mais velho. Numa manhã, aqui há uns dias, disse-me que gostava muito de mim e pediu desculpa por às vezes se portar tão mal. Disse ele que podia ser um bom menino e portar-se bem. E depois pediu-me uma coisa esquisita; mano, não deixes que ninguém me leve, por favor. Tenho medo dos senhores de branco... Calculei que fossem médicos, mas não consegui saber por que raio teria ele medo deles, ou porque recearia que alguém o levasse, pois entretanto a minha mão chegou ao pé de nós.
Os gritos, que entretanto tinham parado, recomeçaram. Mas eram diferentes, agora. SOCORRO, SOCORRO, ouvia-se. JOÃO, MANO, SALVA-ME! O rapaz saiu do quarto e foi até ao do irmão; não tinha reparado no rebuliço que se tinha instalado. Estavam na casa um grupo de médicos que tinham vindo buscar o pequeno Pedro. João sabia que ele se recusara, nos últimos tempos, a ir ao hospital, e os crescentes ataques de raiva e alucinações deviam ter precipitado a necessidade de o internar. Assim que Pedro viu o irmão, estendeu os braços em busca de socorro, mas tinha dois homens a tentar prendê-lo a uma maca. A mãe chorava desconsolada, enquanto o pai tentava, em vão, acalmar o filho. Eles sabiam, e João também soube, que estavam a entrar num caminho sem retorno. E Pedro sentia-o também: Não os deixes, mano, não os deixes. Ajuda-me, salva-me, eles vão matar-me, ELES VÃO MATAR-ME.
João não suportou o cenário e voltou para o quarto. Foi para a janela. Na televisão, alguém falava de Deus, diziam eles que Ele estava lá em cima e ouvia os nossos pedidos.
Não sei se existes, mas se estás mesmo aí em cima, por favor, ouve-me. Estão agora a levar o meu irmão para o hospital, e sei que ele vai ficar lá, preso. Criaste-nos para sermos presos em camas e comprimidos? Já nem te pergunto porque é que fizeste o meu maninho assim. Só te peço uma coisa, apesar de saber que é errada... por favor, leva a vida do meu irmão.
Os gritos, que entretanto tinham parado, recomeçaram. Mas eram diferentes, agora. SOCORRO, SOCORRO, ouvia-se. JOÃO, MANO, SALVA-ME! O rapaz saiu do quarto e foi até ao do irmão; não tinha reparado no rebuliço que se tinha instalado. Estavam na casa um grupo de médicos que tinham vindo buscar o pequeno Pedro. João sabia que ele se recusara, nos últimos tempos, a ir ao hospital, e os crescentes ataques de raiva e alucinações deviam ter precipitado a necessidade de o internar. Assim que Pedro viu o irmão, estendeu os braços em busca de socorro, mas tinha dois homens a tentar prendê-lo a uma maca. A mãe chorava desconsolada, enquanto o pai tentava, em vão, acalmar o filho. Eles sabiam, e João também soube, que estavam a entrar num caminho sem retorno. E Pedro sentia-o também: Não os deixes, mano, não os deixes. Ajuda-me, salva-me, eles vão matar-me, ELES VÃO MATAR-ME.
João não suportou o cenário e voltou para o quarto. Foi para a janela. Na televisão, alguém falava de Deus, diziam eles que Ele estava lá em cima e ouvia os nossos pedidos.
Não sei se existes, mas se estás mesmo aí em cima, por favor, ouve-me. Estão agora a levar o meu irmão para o hospital, e sei que ele vai ficar lá, preso. Criaste-nos para sermos presos em camas e comprimidos? Já nem te pergunto porque é que fizeste o meu maninho assim. Só te peço uma coisa, apesar de saber que é errada... por favor, leva a vida do meu irmão.
domingo, 17 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
Covinhas
Foi depois de mil redes de buracos furados
Que apareceu o teu sorriso, e me quis prender.
O chão não era nada
A lua, distanciada
No meio deambulava, perdido, sem ver.
Corria parado voando debaixo de água
Absorto nos pensamentos que julgava serem sentir
E sorriste, tranquila
A cidade enorme fez-se vila
Calada, eu podia-te ouvir.
Faziam covinhas as tuas rubras faces
Escondias no sorriso a cor intensa do ar
Tornou-se Verão o que era Inverno
Subi ao Céu vindo do Inferno
E só quero as tuas covinhas saborear.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Agora
As palavras duram para sempre, e geralmente os posts deste blog também. Pois, são feitos com palavras. Este será diferente. Vão à janela, agora, e vejam a Lua, agora. É como aquela rapariga bonita da nossa escola que aparece no baile de finalistas ainda mais bonita. Pois bem, é este o meu poema de hoje. Se não o lerem, agora, passou. Mais virão.
Subscrever:
Mensagens (Atom)